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quinta-feira, 30 de novembro de 2017

RESENHA: O VISCONDE QUE ME AMAVA (JULIA QUINN)



Título: O Visconde Que Me Amava
Autora: Julia Quinn
Editora: Arqueiro
Páginas: 304 
Ano: 2013

Sinopse: A temporada de bailes e festas de 1814 acaba de começar em Londres. Como de costume, as mães ambiciosas já estão ávidas por encontrar um marido adequado para suas filhas. Ao que tudo indica, o solteiro mais cobiçado do ano será Anthony Bridgerton, um visconde charmoso, elegante e muito rico que, contrariando as probabilidades, resolve dar um basta na rotina de libertino e arranjar uma noiva. Logo ele decide que Edwina Sheffield, a debutante mais linda da estação, é a candidata ideal. Mas, para levá-la ao altar, primeiro terá que convencer Kate, a irmã mais velha da jovem, de que merece se casar com ela. Não será uma tarefa fácil, porque Kate não acredita que ex-libertinos possam se transformar em bons maridos e não deixará Edwina cair nas garras dele. Enquanto faz de tudo para afastá-lo da irmã, Kate descobre que o visconde devasso é também um homem honesto e gentil. Ao mesmo tempo, Anthony começa a sonhar com ela, apesar de achá-la a criatura mais intrometida e irritante que já pisou nos salões de Londres. Aos poucos, os dois percebem que essa centelha de desejo pode ser mais do que uma simples atração. Considerada a Jane Austen contemporânea, Julia Quinn mantém, neste segundo livro da série Os Bridgertons, o senso de humor e a capacidade de despertar emoções que lhe permitem construir personagens carismáticos e histórias inesquecíveis.

Irmão mais velho e herdeiro do título deixado pelo pai, Anthony tem além de suas responsabilidades como visconde, também a missão de cuidar da família e não deixar que nada falte a nenhum deles. Portanto, ele sabia que em algum momento precisaria se casar para ter um sucessor que desse continuidade a sua linhagem. Mas a possibilidade de se apaixonar e a certeza de que não teria uma vida longa, eram empecilhos para isso. Apegado ao pai e vê-lo morrer cedo por uma picada de abelha – algo banal, mas que tirara de repente a vida do homem que era seu exemplo e centro do seu universo – fez com que Anthony chegasse a triste constatação de que não ultrapassaria seu pai na idade. Mas decidido a casar após anos de libertinagem e sabendo de suas responsabilidades, ele decide ter um casamento por conveniência, que atenderia perfeitamente às necessidades dele como visconde.
"E, ao deixar o pai, saiu com uma nova visão da vida e uma nova consciência sobre a própria mortalidade. Edmund Bridgerton faleceu aos 38 anos. E Anthony simplesmente não podia imaginar-se superando o pai de alguma forma, nem mesmo em idade."
Kate Sheffield perdeu sua mãe muito cedo, mas foi criada com muito amor por sua madrasta Mary, a quem ela enxerga verdadeiramente como mãe. Kate é irmã mais velha de Edwina, e sempre jurou protegê-la. No momento em que a irmã mais nova passa a ser cortejada por Anthony, ela tenta afastar o charmoso libertino. Ela só não sabia o quanto seria difícil. Ele sabe irritá-la como ninguém e não perde uma chance de provocá-la. E Anthony se sente da mesma forma sobre ela. Ele sabe que precisa passar pela aprovação de Kate, mas fica difícil suportá-la quando ela aparece até em seus pesadelos. Ou seriam sonhos? Nesse jogo de gato e rato, Kate acaba se vendo desejando conhecer a verdadeira personalidade de Anthony, que ele faz tanta questão de esconder atrás de seu jeito sério.

Amo muito esse livro principalmente por aprofundar os sentimentos do Anthony e retirar qualquer má impressão que se tenha dele. Por trás de uma imagem tão séria e até mesmo cheia de si, há um homem devotado à família, responsável e que embora queira um amor para si, tem medo de vivê-lo por ter tanta convicção sobre a brevidade da vida. Tudo o que acontece e as mudanças pelas quais ele passa são importantes para que ele passe a se permitir. E o que é maravilhoso também é o quanto ele e Kate são perfeitos um pro outro. Ela é uma mulher à altura do Anthony, com sua força, inteligência e devoção aos que ama. E o torna um homem muito mais feliz e leve. Além de momentos maravilhosos dos dois, as relações familiares também estão muito presentes ao longo do livro, em momentos emocionantes e também divertidíssimos! Acho que todo mundo que já leu esse livro tem como uma das partes favoritas a disputa dos Bridgertons no jogo de Pall Mall. ÉPICO!!! Hahaha

O Visconde Que Me Amava tem diálogos marcantes, momentos emocionantes e divertidos, que fazem você se apaixonar a cada linha. Mais um livro maravilhoso da Julia Quinn pra suspirar e amar.

“- Eu sei. Quando me apaixonei por você, eu soube. Mesmo que eu esteja certo, ainda que esteja destinado a morrer com a mesma idade de meu pai, sei que não estou condenado. – Ele se inclinou e deu um beijo de leve nos lábios dela. – Eu tenho você. – murmurou –, e não vou desperdiçar nem um segundo que temos juntos.”

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