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sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

RESENHA: ERA UMA VEZ NO OUTONO (LISA KLEYPAS)


Título: Era Uma Vez No Outono
Autora: Lisa Kleypas
Editora: Arqueiro
Páginas: 288
Ano: 2016

Sinopse: A jovem e obstinada Lillian Bowman sai dos Estados Unidos em busca de um marido da aristocracia londrina. Contudo nenhum homem parece capaz de fazê-la perder a cabeça. Exceto, talvez, Marcus Marsden, o arrogante lorde Westcliff, que ela despreza mais do que a qualquer outra pessoa. Marcus é o típico britânico reservado e controlado. Mas algo na audaciosa Lillian faz com que ele saia de si. Os dois simplesmente não conseguem parar de brigar. Então, numa tarde de outono, um encontro inesperado faz Lillian perceber que, sob a fachada de austeridade, há o homem apaixonado com que sempre sonhou. Mas será que um conde vai desafiar as convenções sociais a ponto de propor casamento a uma moça tão inapropriada?


Segredos de Uma Noite de Verão (primeiro livro da série) já deu uma pequena amostra do que podíamos esperar de Lillian e Marcus. E neste segundo livro podemos realmente conhecer os dois a fundo, e claro, o resultado não podia ser outro se não morrer de amor pelos dois! Lillian e Marcus são o tipo cão e gato, vivem brigando. Mas em meio à tanta aversão, um sentimento muito forte também começa a surgir e é maravilhoso acompanhar como os dois conseguem lidar com a descoberta de que talvez eles não se detestem tanto assim.
“- Ela é manipuladora.
- Você também é, querido.
Ele ignorou o comentário.
- Ela é dominadora.
- Como você.
- Ela é arrogante.
- Você também. – disse Lívia, alegre.
Marcus a olhou de cara feia.
- Achei que estivéssemos discutindo os defeitos da Srta. Bowman, não os meus.”
Lillian Bowman é americana e sua família é extremamente rica. Mas o que sobra em dinheiro, falta em nobreza e participação social. Na esperança de que façam parte da sociedade e arrumem um bom casamento com aristocratas, Lillian e sua irmã Daisy foram mandadas para a Inglaterra. Mas as irmãs são muito diferentes do que a sociedade inglesa está acostumada, fato que contribui para que não tenham conseguido um casamento até então. Depois de se unirem às Flores Secas e do sucesso no casamento de Annabelle, a próxima da lista é Lillian.

Marcus, o conde de Westcliff, é um aristocrata muito respeitado e melhor amigo de Simon Hunt. No primeiro livro da série vimos um conde reservado, de poucas palavras e que de início não era a favor da união de seu melhor amigo com uma das Flores Secas. Neste segundo livro temos a oportunidade de conhecê-lo melhor. Durante toda sua vida, Marcus não recebeu tanto afeto e descobriu da pior maneira que um conde não pode ter emoções. Por isso ele não entende por que Lillian o afeta tanto. Ele não consegue ficar longe dela e isso o deixa confuso e irritado.
“- Já lhe ocorreu seu idiota arrogante, que a pessoa que mais pode me magoar é você?”
Os dois brigam bastante, até que chega um momento em que não conseguem resistir um ao outro e o conflito de sentimentos começa. Lillian acredita que ela e Marcus são diferentes demais para que possam ficar juntos. Marcus precisa casar-se com uma dama, visto que tem um título a zelar, e Lillian é a última mulher no mundo que seria apropriada pra ele. Mas como resolver isso quando o coração de um já pertence ao outro?

E o que acho mais lindo no livro é justamente isso, Lillian e Marcus aprendendo a respeitar o jeito um do outro. Ambos se moldam e percebem que não são tão diferentes assim. Marcus traz mais controle para a vida da Lillian, enquanto ela traz muito mais leveza e amor pra vida dele. Os dois são simplesmente apaixonantes!! Que casal maravilhoso, minha gente! Amo de paixão! E em mais uma narrativa maravilhosa, Lisa Kleypas aborda a questão social e mostra que o amor pode vencer sim os obstáculos que a sociedade impõe.
“Nunca teria certeza do que esperar de Lillian. Ela se comportaria de modos que ele nem sempre compreenderia, e reagiria como uma criatura não totalmente domada sempre que ele tentasse controlá-la. Suas emoções eram fortes e sua teimosia era mais forte ainda. Eles brigariam. Ela nunca lhe permitiria ficar confortável demais, calmo demais.
Meu Deus, esse era realmente o futuro que queria?
Sim. Sim. Sim.

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